"A day may
come when the courage of men fails, when we forsake our friends and break all
bonds of fellowship, but today is not that day. On this day, WE FIGHT!" - Aragorn, O Retorno do Rei
HELLO, HELLO, HELLO!(Agora pense isso na voz do Conde Olaf
de Desventuras em Série)
Vista do Observatório Rockerfeller em direção ao Empire State
Estou de volta, galera! Sei que todos estiveram sentindo muita falta de
mim por essas duas semanas sem post, mas não se preocupem, estou oficialmente
de volta. Após duas semanas bem loucas, incluindo a volta para o Canadá, curso
de francês e todos os tipos de coisas zuadas que vocês podem imaginar vindo de
uma pessoa estranha se aventurando no exterior, trago-lhes um post diferente:
vou falar sobre viagens. Hoje eu vou falar de um dos meus destinos favoritos (e
minha futura casa): New York.
"La musique exprime ce qui ne peut
être dit et sur lequel il est impossible de se
taire." - Victor Hugo
(Música expressa o que não pode ser dito e sobre o qual é impossível se
calar)
E cá estou eu, de volta ao Brasil. Pois é. Mas logo logo estarei novamente na terra do maple.
Enquanto isso.
Pensei o vôo inteiro em artistas francophones - que falam francês como língua materna - e percebi que grande parte dos escritores e artistas que eu gosto são francophones. Neste post, portanto, lhes trago um pouco sobre cada um deles. (Ah, como meus professores do curso de francês ficariam orgulhosos...)
"The Lord above made men to help his neighbor but with a lil' bit o' luck when he comes around you won't be home!" - Alfred Doolittle
E lá vou eu falar de
musicais novamente. My Fair Lady, Minha Bela Dama, Ma Belle Dame, Mi Bella Dama...
Como você preferir - até em
hebraico, מאדאם היפה שלי - contanto que escreva certo. Falar de
Henry Higgins usando a gramática errada é um sacrilégio.
Para quem não conhece, My Fair Lady se trata de Eliza Doolittle (Audrey Hepburn), uma
pobre vendedora de flores sem jeito, que anda pelas ruas de Londres. Ao abordar
Coronel Hugh Pickering na saída do teatro, Eliza chama a atenção de Henry Higgins (Rex Harrison), professor
de fonética, pelo jeito peculiar de falar. Higgins e Pickering, ambos experts
em dialetos e fonética, fazem uma aposta: Higgins
deverá transformar Eliza numa verdadeira duquesa em seis meses, e levá-la ao
baile no Palácio de Buckingham como tal. Ele então passa a bombardear Eliza
com aulas de discurso, etiqueta e até lhe compra roupas novas.
Então, senhoras e senhores. Hoje eu vou falar sobre algo que promove a música atual (hmm, quase nunca tratei disso aqui no blog, talvez por que eu goste de música
um pouco mais vintage...): Fandoms.
Vamos lá.
Oi, meu nome é Isabela Waksman,
eu tenho 17 anos e eu já fui uma fangirl.
"NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
STVEEENIAAAAAAAAAA BABADITIGADOOOOOOOOOOOOOOOO!" - O Rei Leão
E agora, senhoras e senhores, uma nova
lista para vocês. Pessoalmente eu adoro listas e elas aparentemente fizeram
sucesso aqui no blog, e no final das contas quem escreve sou eu, então é isso
aí, ditadura mesmo.
A temática da lista é músicas para acordar
de manhã. Sabe aquele dia em que você acorda puto da vida, sem vontade de sair
da cama, e para piorar ainda tá chovendo?
Então. Escute uma dessas músicas. Ânimo
nessa cara ai, meu; chega de se arrastar
pelos cantos. Bora trabalhar meu povo! (porque o trabalho enobrece).
Dessa vez é sobre The Music Man, lançado em 1962, sobre a chegada do vigarista Harold Hill (Robert Preston) em River City. Hill chega com a expectativa de aplicar seu golpe de costume - se oferecer para ajudar a banda de garotos da cidade, levantar alguns fundos para eles e fugir com todo dinheiro; já que não tem habilidade alguma com música. Mas seus planos saem do script em uma série de acontecimentos - inclusive um interesse amoroso, a esperta bibliotecária Marian Paroo (Shirley Jones). No meio disso tudo, "Professor" Harold Hill acaba envolvendo a cidade numa trama musical esplêndida.
Quem aí assistiu aos Oscars,
hein? A Ellen Degeneres quebrou o Twitter; está
de parabéns, foi sensacional. Brad Pitt servindo pizza para Meryl Streep,
Jennifer Lawrence caindo no tapete vermelho, a melhor selfie de todos os tempos; foi realmente um Oscar ao estilo
da infâme host. Eu diria porém que Gravidade ganhou prêmios demais
para o meu gosto, muito além do que deveria. E o nosso querido Leo saiu sem estatueta novamente. (Quem topa vaquinha para comprar uma para ele???). Mas vamos falar sobre a parte musical. O Oscar sempre surpreende com
apresentações musicais maravilhosas, e este ano não deixou a desejar. A
primeira que me vem à mente é a fantástica versão de Somewhere Over The Rainbow cantada pela Pink, homenageando o Mágico de Oz. Que voz! Não falhou em uma
nota sequer. Mereceu a standing ovation de toda platéia. E
imagina, ser aplaudida de pé por
aquela quantidade de atores e cineastas. Dá até arrepio! Superou minhas
expectativas; no entanto, não há como se esperar menos de alguém como a Pink.
A performance de Pharrel, Happy, do filme Meu Malvado Favorito 2, não teve nada de especial para mim. Não sou
a maior fan dele, mas o set foi
bonitinho, e nada mais. Achei a voz dele um tanto quanto apagada, também.
Meh.
A performance de Idina Menzel, Let
It Go, de Frozen, também não
atingiu minhas expectativas. A cantora tem uma voz linda e potente; e a música
faz jus a ela, mas os nervos afetaram demais a apresentação. Entendo
perfeitamente, levando em conta a platéia. Mas não há como negar que a voz dela quebrou, e não teve um bom
resultado. Admito que eu esperava mais, sabendo que a música levou a estatueta
de melhor música original para um
filme.
Acho que nem preciso comentar o U2 cantando Ordinary Love, né? Sensacional.
A premiação foi genial. Não
concordo com a maioria dos vencedores, mas se tem uma coisa que a Academia
sabe fazer direito, é montar um show
como esse.
"When I look down at this golden statue, may it remind me, and every little child, that no matter where you're from, your dreams are valid." - Lupita Nyong'o
"A collector's piece indeed, exactly as she said... Will you still play when all the rest of us are dead?" - Viscount Raoul de Chagny
O que dizer sobre este grande clássico?
Nas palavras do próprio Raoul, uma peça de colecionador. Tanto a obra-prima de
Andrew Lloyd Webber, quanto o livro de Gaston Leroux, configuram trabalhos
esplêndidos. O Fantasma foi minha primeira celebrity crush, por
assim dizer.
Musicalmente, é extraordinário. Esta
sim é uma reação com alto grau de pureza. Toda música tem a mesma escala;
representando o "riff" tema da peça. O tom das
músicas combina com cada personagem e com o momento. Masquerade/Why So Silent e Music of the Night são as minhas favoritas,
fora o grande tema - Phantom of the Opera. O leque de emoções
proporcionadas por apenas essas três músicas é imenso. Me sinto transportada
para a Paris do século XIX e não posso deixar de cantar - sim, durante o
musical todo.
Agora tudo depende de quem canta. No
aniversário de 25 anos da peça, no Royal Albert Hall, o Fantasma (Ramin
Karimloo) tem a voz um pouco forte demais para mim. A versão dele de Music Of The Nighté linda, mas a voz escapa; essa música tem que ser quase
sussurrada (exceto as notas altas, é claro). Como se ocultasse qualquer outro
som, como se dominasse o ambiente sem que o interlocutor perceba. Exatamente o
que o Fantasma faz com Christine Daaé. Uma versão que tem este efeito pra mim é
a de Gerard Butler, do filme. A voz dele, apesar de não ser a de um grande
cantor da Broadway, alcança esse patamar na minha humilde opinião.
Aqui vai uma curiosidade
que quase ninguém que eu conheço sabe;
de uma fangirl assídua
do livro e da peça: o verdadeiro nome do
Fantasma é Erik.
"I have brought you to the seat of sweet music's throne, to the kingdom where all must pay homage to music..." - Erik Music Junkie