sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval (Só Que Não)

"- Brasileiro sofre, mas arrasa na felicidade, né?                        
     - Fudidos e mal pagos mas pelados no carnaval...genial"- Rita Lee

Primeiramente peço desculpas pelo tema deste post. Mas com o feriado logo aí e o país em frenesi, não se fala em outra coisa. Se não deu pra perceber ainda, não tem muita coisa que eu desgoste mais do que Carnaval. Hoje não passa de um feriado pra filhinho de papai ir para a micareta e ficar o resto do mês de ressaca.
Olha, não julgo ninguém por fazer isso; cada um cuida da sua vida. Mas o país não funciona, ninguém trabalha, ninguém leva nada a sério. Vamos trabalhar, meu povo!!! Entendo que o Carnaval tem sim um significado na religião católica (NOTA DO EDITOR: Não tem! – via minha Mãe, sou ateu), que eu não entendo, mas vamos ser sinceros, hoje a grande maioria da população apenas aproveita o feriado. Hoje, é nada mais que uma festa que dura sei lá quantos dias para manter o estereótipo que o estrangeiro tem do Brasil. É isso que me estressa mais.
Mas enfim, chega da minha ladainha. Agora vamos ao que interessa. Conteúdo musical. As músicas antigas, eu admito, são bem feitas, têm uma originalidade na estrutura instrumental e se adequam ao contexto da época. Há sim um significado, uma verdadeira comemoração ali. Hoje, os carnavalescos apenas repetem os mesmos sons ano após ano. As letras não tem significado algum, as batidas são as mesmas. Entendo que é necessário manter a base do samba, mas isso não significa que não se possa explorar, inovar; montar um desfile inovador que realmente surpreende. Desculpem-me a sinceridade, mas o blog é meu, e eu não gosto de Carnaval. Nem um pouco.
É.
A meu ver, é tudo a mesma coisa desde que eu me lembro por gente; um monte de gente colorida dançando por uma avenida (espera aí: Carnaval ou Parada Gay?)

Só que, porque eu sou muito legal, vou colocar uma música de Carnaval aqui, que aliás a letra combina com o calor delícia que está fazendo há mais de um mês. Bom feriado. Se alguém for pra micareta, que se fodavocê já está fudido mesmo. (Isso mesmo, eu falo palavrão. Nossa, que merda).



"Any good music must be an innovation" - Les Baxter

Music Junkie

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Spanish Castle Magic


"Music is my religion. 
I don't believe in anything else." - Jimi Hendrix

Ainda bem que crítica também pode ser positiva, por que eu não conseguiria fazer uma crítica negativa sobre este ser humano. Jimi Hendrix. A meu ver, o maior guitarrista de todos os tempos. Hendrix faz jus aos grandes guitarristas do Blues ao estilo de BB King, com seus acordes melodiosos e guitarras que parecem vozes cantando; e ao mesmo tempo é um dos pioneiros do Rock Clássico, com frases constituídas de power chords e riffs de puro rock.
Porém, hoje, o gênio dele não é mais corretamente apreciado. Esses dias li um comentário tão absurdo de doeu lá no meu pâncreas (isso mesmo, no pâncreas!!!). O ser humano atreve-se a dizer que Jimi fu**ing Hendrix não era um bom guitarrista porque “seus solos não têm velocidade”. Solos extremamente rápidos não são sinônimo de qualidade. Estudo música há mais de sete anos, e considero minha própria opinião como válida neste caso. Velocidade entra no pacote SIM, mas sobre ela estão tom correto, sonoridade, contexto da música e técnica; entre outros fatores. Jimi Hendrix tinha tudo isso e mais, até sem perceber quando improvisava por sete minutos seguidos, como é o caso em todas as versões live de Woodstock.
Uma pequena anedota para terminar. Eu sou judia, e no ano do meu bat-mitzvah (como uma primeira comunhão judaica), a escola levou todas as meninas com as mães para visitar uma yeshiva, um internato judaico. Houve um momento em que o rabino pediu a todas para escrever o nome de seus ídolos num papel e entregar. Ele, lendo em voz alta, disse que ficou orgulhoso com a quantidade de Moisés e Abraães, Saras e Hilarys Clinton que apareceram (crianças de doze anos. É). Mas então ele se surpreendeu com um último papel esquecido em seu maço. “Jimi Hendrix”, ele leu, pasmo “ e Ozzy Osbourne”. No mesmo instante, minha mãe saiu gritando “É MINHA FILHA, É MINHA FILHA!!!

E com muito orgulho.

 (Hendrix tem uma música, com meu nome. SUCK IT, BITCHES!)



Meu CD "Jimi Hendrix Live at Woodstock"





"Music doesn't lie. If there is something to be changed in this world, then it can only happen through music." - Jimi Hendrix
















Music Junkie

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Intro

Feitas as apresentações, vamos então ao que interessa. Se é de música que vamos falar, então acho que devemos estabelecer parâmetros. O que é música, na verdade? Todo mundo escuta, todo mundo comenta, mas pode apostar que ninguém tem uma definição. Friamente, é nada mais nada menos do que a junções de notas para formar acordes, que postos em sequência formam um ritmo. Mas é muito mais do que isso.
Gosto de pensar em música como uma reação química. Notas, riffs, melodias, vozes - reagentes - interagem para formar um produto final. Mas este produto não é o que se escuta, mas a reação que este provoca em quem o ouve. Essa é a essência da música; a reação provocada no interlocutor.  Talvez assim fique mais fácil de entender: pode-se tentar misturar água e óleo o quanto quiser, assim como pode-se tentar fazer uma melodia com acordes de tons diferentes. O âmago da coisa é que o produto nunca vai ser formado.

Minhas guitarras: Jimmy (à esquerda) e California Dutchess,
o orgulho da mamãe (à direita).





"One good thing about music; when it hits you, you feel no pain." - Bob Marley















Music Junkie

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Quebrando o Gelo

Alô alô Marciano!


Nada melhor para começar um blog sobre música do que uma tirada um tanto quanto brega, mas boa do mesmo jeito (Já diziam os grandes rockers,  um clássico sempre vai ser um clássico). Aqui quem vos fala é Isabela Waksman, a.k.a. Isa, Isão, Junkie, ou qualquer outra coisa que você preferir; e acho que você já deve saber do que eu vou falar - isto é, se leu o título do blog. Isso mesmo, vou falar sobre música. 
É.
Um pouco sobre mim: Toco violão/guitarra há quase 8 anos, e me arrisco a tocar piano ou teclado. Música sempre foi importante pra mim desde que me dei por gente. Meus estilos favoritos variam com o humor, mas blues e rock clássico sempre serão meus favoritos. Sim, estou falando de BB King, Aerosmith, Queen, e por aí vai. Um bom musical também não faz mal a ninguém.
Acho que deu pra ter uma ideia do que vai rolar. Ou eu espero que tenha.

"The show must go on, the show must go on..." - Queen

Music Junkie

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Fantasma da Ópera

"A collector's piece indeed, exactly as she said... Will you still play when all the rest of us are dead?" - Viscount Raoul de Chagny
O que dizer sobre este grande clássico? Nas palavras do próprio Raoul, uma peça de colecionador. Tanto a obra-prima de Andrew Lloyd Webber, quanto o livro de Gaston Leroux, configuram trabalhos esplêndidos. O Fantasma foi minha primeira celebrity crush, por assim dizer.
Musicalmente, é extraordinário. Esta sim é uma reação com alto grau de pureza. Toda música tem a mesma escala; representando o "riff" tema da peça. O tom das músicas combina com cada personagem e com o momento. Masquerade/Why So Silent e Music of the Night são as minhas favoritas, fora o grande tema - Phantom of the Opera. O leque de emoções proporcionadas por apenas essas três músicas é imenso. Me sinto transportada para a Paris do século XIX e não posso deixar de cantar - sim, durante o musical todo.                                                                                                                                        
Agora tudo depende de quem canta. No aniversário de 25 anos da peça, no Royal Albert Hall, o Fantasma (Ramin Karimloo) tem a voz um pouco forte demais para mim. A versão dele de Music Of The Night é linda, mas a voz escapa; essa música tem que ser quase sussurrada (exceto as notas altas, é claro). Como se ocultasse qualquer outro som, como se dominasse o ambiente sem que o interlocutor perceba. Exatamente o que o Fantasma faz com Christine Daaé. Uma versão que tem este efeito pra mim é a de Gerard Butler, do filme. A voz dele, apesar de não ser a de um grande cantor da Broadway, alcança esse patamar na minha humilde opinião.

Aqui vai  uma  curiosidade  que quase ninguém que eu conheço sabe; de  uma  fangirl  assídua  do  livro e da  peça: o  verdadeiro  nome  do  Fantasma  é  Erik. 


"I have brought you to the seat of sweet music's throne, to the kingdom where all must pay homage to music..." - Erik

Music Junkie