"Do. Or do
not. There is no try." - Master Yoda
Então, senhoras e senhores. Hoje eu vou falar sobre algo que promove a música atual (hmm, quase nunca tratei disso aqui no blog, talvez por que eu goste de música
um pouco mais vintage...): Fandoms.
Vamos lá.
Oi, meu nome é Isabela Waksman,
eu tenho 17 anos e eu já fui uma fangirl.
(silêncio eterno)
É. Fangirl. Das fortes mesmo. Daquelas que vão em aeroporto, hotel, passam dias em
fila de “show”, participam de buyouts
(grupos de fans que se juntam pra ir comprar o álbum do ídolo e fazer estrago no estoque das lojas) e gastam
todo o money em merchandising, ingressos e perseguindo o ídolo em outro
país.
Quem eram meus ídolos? Os Jonas Brothers. Por uns seis anos, eu fui fã deles. E quer
saber? Não me arrependo de nada. Foi
fodástico. Cara, eu fui pra New York
perseguir o Nick quando ele estava
participando do How To Succeed In Business Without Really Trying na Broadway, eu fui em Meet & Greet deles,
em todos os shows no Brasil e muitas
outras coisas.
Foram experiências fodas.
Foi assim que eu fiz um monte de amigos,
foi assim que eu aprendi a lidar com gente
zuada (das outras fandoms, óbvio)
e foi foda. Não digo que eles era, gênios musicais - diga-se de passagem que nenhuma boyband ou ídolo pop de
hoje é - mas foi uma época boa da
vida. Sim, eu era a única pessoa que gostava deles e do Aerosmith ao mesmo tempo.
Hoje eu já não sou mais tão fã assim. Em parte porque hoje tenho coisas mais importantes pra me preocupar, como todo o processo de mudar de país
(Brasil – Canadá) e faculdade; e em
parte porque eu não acho que eles tinham respeito
o suficiente com os fãs pra levá-los em consideração (principalmente na hora de
terminar a banda). Acho que deve se
ter algum tipo de apreciação para com
as pessoas que estiveram ali o tempo todo. Mas isso é opinião minha.
De acordo ao Urban Dictionary,
a palavra ‘fandom’ significa
“Comunidade voltada para uma série de TV/filmes/livros/bandas, etc. Escritores, artistas,
poetas e cosplayers são todos parte da fandom. Fandoms consistem de fórums
(message boards), grupos de redes sociais e pessoas.”
A origem de todas as fandoms? Elvis
Presley. O primeiro ídolo pelo
qual as pessoas se tornaram obsessivas.
A primeira sensação mundial
propriamente dita nos termos de fandom
atual - um grande grupo de seguidores
permanentes. Seguido, é claro, pelos Beatles
e a Beatlemania.
Hoje, a cultura de fandoms é
muito importante. É grande parte do mercado de entretenimento e traz uma mentalidade de grupo que é importante
para os jovens se desenvolverem. Especialmente os mais introvertidos; é muito mais fácil se relacionar a partir dessa cultura em comum - até pelo fato de que os principais veículos
das fandom serem redes sociais.
Há, contudo, efeitos controversos.
Como em The Effects of Fandom in Adolescence, de Jane D. Brown e Laurie Schulze, as fandoms podem se assemelhar a cultos
religiosos no nível de adoração por um determinado ídolo. A coisa toda deixa
de ser saúdavel – também pelo fato
de que essa adoração cria estereótipos
que os fãs acham que devem seguir, visando se assemelhar ao ídolo. O exemplos perfeito desse efeito é o
estereotipo do corpo perfeito, que é
algo que afeta muito a juventude
atual.
Levando tudo isso em considerção, é preciso dizer que a cultura de fandoms é o jeito da
juventude do século XXI se relacionar e da indústria do entretenimento fazer o
mundo da “arte” rodar. Fandoms são espaços para gerar novo material a partir de um que já existe, usando-se da fama para a
divulgação (fanfiction). São círculos
de pessoas com um interesse comum; isso acaba gerando interações de todos os tipos, com uma variedade de resultados –
muitas vezes muito bons.
Então é isso,
galera. Faz parte de uma fandom? Faça com orgulho! Não faz? Respeite, porque
respeito é bom e eu gosto, seu filho da puta do caralho!
Quem ai tem uma experiencia legal (ou não) de fandom pra contar? Qual a
melhor fandom? Você participa de uma
comunidade/grupo/whatever de banda ou qualquer
coisa de que é fanatico? Posta ai o seu jabá e que comece a flamewar MUAHUAHUHAUHAHAHA!!!
(imagens sob creative commons - compartilhar apenas sob menção da autora)
“It does not do
to dwell in dreams and forget to live." - Albus Dumbledore
Music Junkie
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